Nathy Santos, mãe de três filhos e manauara, é a fundadora da @nathysantos_confeitaria, um negócio que oferece bolos, doces, salgados e serviços de bufê infantil. Sua jornada na confeitaria começou em 2013, quando trabalhava com uma senhora que fazia bolos para os netos. “Eu via o carinho que ela colocava nos bolos e aquilo me despertou a vontade de aprender. Foi aí que comecei a tentar fazer por conta própria em casa”, relembra Nathy.
Sem formação formal, ela deu os primeiros passos na cozinha de sua casa. Em 2016, após assistir a vídeos de chefs confeiteiros na internet, decidiu aprofundar seus conhecimentos por meio de cursos gratuitos no YouTube. “Era algo que eu fazia sem muito conhecimento técnico, mas acreditava que, com prática, poderia melhorar. Comecei a aceitar encomendas, e o boca a boca foi me ajudando a crescer.”
A pandemia de COVID-19 interrompeu temporariamente sua produção, levando-a a atuar como vendedora. Após a reabertura do comércio, Nathy retomou a confeitaria, conciliando o trabalho com a gravidez das filhas gêmeas e os cuidados com o filho mais velho. “Foi um período desafiador, mas vi na confeitaria uma forma de trabalhar e, ao mesmo tempo, estar perto dos meus filhos.”
Em 2023, com o incentivo do marido, Nathy ingressou no curso de confeitaria do Instituto Gourmet. Lá, além de aprimorar suas técnicas, aprendeu sobre precificação e gestão. “Meu marido sempre esteve ao meu lado, me apoiando quando pensei em desistir. O curso foi um divisor de águas para mim. Aprendi a precificar meus produtos e a organizar melhor meu negócio”, conta Nathy.
Glaucio Athayde, CEO do Instituto Gourmet, reforça a importância da precificação adequada: “Saber precificar corretamente é fundamental para o sucesso de qualquer negócio gastronômico. Uma precificação mal feita pode comprometer a saúde financeira do empreendimento, enquanto uma abordagem correta garante sustentabilidade e crescimento.”
A história de Nathy reflete uma realidade maior em Manaus e no estado do Amazonas. Segundo o Sebrae (2021), as mulheres são responsáveis por 30% dos pequenos negócios na região, totalizando 193,5 mil empreendimentos. No entanto, 87% deles ainda operam informalmente. Os principais setores incluem comércio (41,12%) e serviços (37,49%). Apesar dos desafios, muitas empreendedoras têm buscado capacitação e apoio para profissionalizar seus negócios, como Nathy.
“Nunca desista, mesmo que pareça difícil. Acredite no seu trabalho, busque conhecimento e pratique. Isso faz toda a diferença”, finaliza a empreendedora.
Matéria publicada nos sites Amazonas em Dia e Jornal Brasil Atual.
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