No Brasil, a pizza já deixou de ser apenas uma comida popular. Ela virou hábito de fim de semana, jantar de improviso, reunião familiar e agora, com cada vez mais frequência, um exercício de criatividade dentro da própria cozinha. Neste 10 de julho, quando se comemora o Dia da Pizza, a proposta é trocar o delivery pela farinha e colocar literalmente a mão na massa. Quem garante que é possível alcançar resultados surpreendentes mesmo sem forno profissional é a chef Cláudia Genaro, do Instituto Gourmet Brasil.
Para ela, o segredo está nos detalhes. “Uma boa farinha, de preferência tipo 00, garante leveza e elasticidade. O ideal é deixar a massa fermentar lentamente, por pelo menos 24 horas, para desenvolver sabor”, afirma. A orientação vai na contramão da pressa que domina o cotidiano. A chef recomenda o uso de água gelada e quantidade mínima de fermento, apenas o suficiente para dar início ao processo. É a paciência, e não o improviso, que faz a base da pizza funcionar.
Do ponto de vista técnico, o molho é outro elemento decisivo. A chef rechaça o uso de molhos industrializados. “Nada de molhos prontos”. A chef recomenda fazer o próprio molho usando tomates pelados ou frescos, apenas triturados com um toque de sal, azeite e manjericão. O processo de retirar a pele dos tomates também é mais simples do que parece. “Para ‘despelar’ os tomates, basta colocá-los em água fervente até que a pele comece a rachar. Com isso, a pele sairá facilmente em água corrente”.
A cobertura, muitas vezes tratada como estrela do prato, deve seguir o princípio do equilíbrio. Para garantir um resultado harmônico, Genaro recomenda não exagerar nas quantidades, pois menos é mais, já diz o ditado. Ela aposta em uma boa muçarela, um toque de parmesão e ingredientes frescos. Misturar muitos sabores ou criar recheios exagerados pode comprometer o ponto da massa e apagar o protagonismo de um bom molho.
A maior dúvida de quem tenta fazer pizza em casa costuma ser o forno. A ausência do tradicional forno a lenha é vista como um obstáculo, mas há saídas práticas. Segundo a chef, o ideal seria um forno a lenha, mas no forno doméstico dá para chegar num bom resultado com uma pedra refratária ou uma assadeira pré-aquecida. O forno, orienta ela, deve estar no máximo desde o início, garantindo crocância e impedindo que a massa fique borrachuda.
Finalizar a pizza com ingredientes adicionados após o forno pode transformar a experiência. “Após assada, a pizza pode ganhar toques finais que fazem toda a diferença, como folhas frescas de manjericão, azeite trufado ou um fio de mel picante em pizzas salgadas são ótimos para surpreender”. Pequenos detalhes trazem camadas novas de sabor, além de elegância e identidade à receita.
Mais do que técnica, Claudia Genaro valoriza o gesto de cozinhar. “Fazer pizza pode ser uma experiência divertida e afetiva, especialmente em família. É uma ótima oportunidade de reunir as pessoas, criar sabores personalizados e descobrir a alegria de preparar algo com as próprias mãos”, conclui. Ao transformar o preparo em ritual, a pizza ganha um valor que ultrapassa o prato.
Neste Dia da Pizza, o convite é simples: abra espaço no balcão, separe os ingredientes, aqueça o forno e transforme uma receita clássica em uma experiência única. Com tempo, atenção e vontade de experimentar, a cozinha de casa pode se tornar, ainda que por uma noite, a melhor pizzaria da cidade.
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Matéria publicada no site O Hoje.