Em um negócio, contar com o apoio e suporte dos nossos familiares nos ajuda a enfrentar as adversidades e seguir em busca dos nossos objetivos.
Muitos se perguntam: é uma boa ideia misturar família e negócios? A resposta é sim! Mas, é claro, precisa ter muito cuidado.
Assim como qualquer outro funcionário, é necessário verificar se aquela pessoa tem a habilidade necessária para a função que irá exercer, se ela realmente quer fazer parte do negócio e se ela é comprometida.
Se, de fato, o familiar for o ideal para te ajudar no negócio, aí você ganha um bônus a mais: a confiança.
Quando se trata de alguém que já conhecemos e que faz parte do nosso núcleo familiar, fica muito mais fácil confiar atividades importantes do nosso negócio.
Além disso, os resultados da unidade interessam aos membros da família e, por isso, todos vão lutar e dar o melhor de si para garantir o sucesso da franquia!
No franchising, há muitas histórias inspiradoras de famílias inteiras envolvidas em uma franquia, como é o caso da Júlia Mareto, 22 anos, franqueada do Instituto Gourmet Recreio (RJ), confira abaixo:
“A família já possuía um negócio no ramo alimentício antes de entrar para o Instituto Gourmet.
Atualmente, eu atuo na gestão da franquia, responsável pelo financeiro e exercendo o papel de controle das atividades, contato com as gerentes administrativa e comercial, mas com foco no processo Administrativo da franquia.
Meu pai, José Cláudio, 55 anos, fica mais diretamente na outra empresa, mas o envolvimento dele com o setor comercial é constante, porém, mais remotamente.
Basicamente, eu fico responsável pela cobrança do administrativo e ele do comercial. Apesar da aparente separação, as duas áreas, e as respectivas gerentes, trabalham sempre juntas. É praticamente um time com membros com funções específicas.
Meus pais trabalham juntos desde antes do meu nascimento. Fundaram uma fábrica de tortas e sobremesas há 25 anos.
Quando eu estava para escolher a área de atuação na faculdade, aos 17 anos, resolvi optar por Administração, que fiz na PUC-Rio, pra poder ajudar na administração dos negócios familiares posteriormente.
Mas antes que eu finalizasse o curso, meus pais me surpreenderam com a compra da franquia do Recreio. Foi realmente inesperado já que eles só me contaram depois que fecharam a compra na Expo Franchising em 2018.
Assim, desde sempre ficou estabelecido que eu seria a responsável pela franquia e que meus pais continuariam tocando a fábrica.
O maior benefício de ter uma família empresária é que os membros conseguem se dividir de forma que temos a certeza de que a gestão está sendo feita por pessoas que podemos confiar de olhos fechados. Isso é um fator importantíssimo para fazer as coisas evoluírem!
O desafio principal é dividir os momentos de família e trabalho… É muito comum acabar falando de problemas profissionais que acontecem na mesa de almoço do domingo.
Tenho uma irmã de 16 anos que ainda não se envolve nas empresas da família e para ela ainda é meio chato ouvir de problemas de trabalho que são inevitáveis de serem falados.
Acabamos ‘respirando’ trabalho quando estamos em casa, então temos que nos policiar para que os momentos em família não virem reuniões de negócios.
Tentar definir logo de cara qual vai ser o papel funções esperadas de cada um no negócio é bom pra não haver pontas soltas e falhas de comunicação.
Outro ponto é sempre dividir o que acontece com os sócios familiares. Ter uma gestão bem transparente e ser organizado para poder apresentar os resultados do que você está fazendo.
Isso vale muito para filhos, como eu, que são sócios operacionais e os pais os sócios investidores. Isso é muito importante já que quando a família faz investimentos em um negócio, é o benefício de todos que está em jogo!”
FONTE: Portal Do Franchising